Posts filed under ‘O adolescente e a família’

Como tratar a rebeldia normal??

1- Trate seu filho adolescente como um amigo adulto

Quando seu filho tiver mais ou menos 12 anos de idade, comece a estabelecer o tipo de relação que você quiser ter com ele quando ele estiver adulto. Trate seu filho da forma que gostaria de ser tratado por ele quando adulto. O objetivo deve ser fixado em muito respeito e apoio, e a capacidade de divertir-se juntos.

Procure ter conversas relaxadas, informais, enquanto andam juntos de bicicleta, caminham, vão às compras, jogam bola, passeiam de carro, cozinham, comem, trabalham, e em qualquer outra atividade que compartilhem juntos. Use o elogio e a confiança para ajudá-lo a adquirir uma imagem positiva de si mesmo.

Reconheça e corrobore os sentimentos de seu filho escutando-o de forma compreensiva e fazendo comentários sem criticar. Recorde-se que escutar não quer dizer que você tenha de resolver os problemas de seu filho adolescente. A amizade é a melhor base para o bom funcionamento da família.

2- Evite a crítica naquelas situações em que “não é uma questão de vencer”

Quase todas as relações negativas entre pais e adolescentes acontecem porque os pais criticam demais os filhos. Grande parte do comportamento de um adolescente que provoca a desaprovação dos pais simplesmente reflete a concordância com os gostos atuais de seu grupo de amigos. A imersão em um grupo de amigos é uma das etapas essenciais do desenvolvimento dos adolescentes. O jeito de se vestir, de falar e agir de forma diferente dos adultos podem ajudar seu filho a sentir-se independente de você.

Evite qualquer crítica sobre sua maneira de vestir, seu penteado, sua maquiagem, sua música, seus tipos de festas, suas amizades, seus interesses de diversão, a decoração de seu quarto, como passa seu tempo livre, o uso de seu dinheiro, sua linguagem, sua postura, sua religião e sua filosofia. Isto não significa que você não possa expressar sua opinião pessoal sobre estes temas. Mas permitir que seu filho adolescente se rebele nestes campos de importância secundária e pequena pode evitar que ele o faça em campos importantes tais como experiências com drogas, fugas ou roubos. Apenas intervenha e faça uma mudança se o comportamento de seu filho é prejudicial, ilícito ou viola os seus direitos (veja as seções 4 e 5 sobre as Regras da Casa).

Outro erro comum é criticar o estado de humor ou atitude de seu filho adolescente. Uma atitude negativa ou pejorativa apenas pode ser modificada com bom exemplo e elogios. Quanto mais insistir em comportamentos não tradicionais (alguns raros), mais estes durarão.

3- Deixe que as regras sociais e as conseqüências lhe ensinem a responsabilidade fora de casa

Seu filho adolescente deve aprender por sua própria experiência e seus próprios erros. À medida que experimenta, aprenderá a assumir responsabilidade sobre suas decisões e ações. A mãe e o pai devem intervir apenas se o adolescente se propõe a fazer algo perigoso ou ilegal. Além do mais, o pai e a mãe devem confiar na autodisciplina do adolescente, na pressão exercida por seus amigos para que se comporte com responsabilidade, e nas lições aprendidas pelas conseqüências de suas ações.

As leis locais de toque de recolher ajudarão a controlar a hora de chegar em casa, a exigência da escola com relação à freqüência influirá na hora em que seu filho chega em casa para dormir, as qualificações escolares farão com que seu filho adolescente seja responsável pelas tarefas e outros aspectos de seu rendimento escolar. Se ele mostrar uma atitude negativa em um emprego, será despedido. Se juntar-se à más companhias, descobrirá que estes não vão guardar seus segredos e que fazem com que ele se meta em confusões. Se não pratica um esporte com vontade, será pressionado pela equipe e pelo treinador para que melhore. Se gastar todo o dinheiro que ganha de seus pais ou de seu trabalho, ficará sem dinheiro antes do final do mês.

Se por acaso seu filho pedir conselhos a respeito de suas atividades fora de casa, descreva para ele as vantagens e desvantagens de uma forma breve e imparcial. Pergunte a ele coisas que o ajudem a pensar sobre os riscos principais. Logo, conclua suas observações com um comentário como “Faça o que achar melhor”. Os adolescentes precisam de muitas oportunidades para aprender por seus próprios erros antes que saiam de casa e tenham que resolver seus problemas sem um apoio constante.

4- Deixe claras as regras da casa e as conseqüências por não respeitá-las

Você tem o direito e a responsabilidade de estabelecer regras com relação à sua casa e outros bens. As preferências de um adolescente podem ser toleradas dentro de seu próprio quarto, mas não devem ser impostas no restante da casa. Você pode proibir a música estridente que interfere com as atividades de outras pessoas, ou as ligações telefônicas de seus amigos após as 22:00 horas. Mesmo ao receber bem os amigos de seu filho em sua casa, deixe claro as regras básicas a respeito de festas ou de os locais onde podem fazer lanches. Você pode dar a seu filho a responsabilidade de limpar o quarto, lavar sua roupa e passá-la. Você pode insistir pelo uso adequado de roupa limpa e banhos para evitar ou eliminar o mau cheiro. Ao pai ou à mãe cabe decidir se querem presentear seu filho ou filha com um automóvel, uma bicicleta, uma máquina fotográfica, uma roupa, etc.

As conseqüências razoáveis por não respeitar as regras da casa incluem perda de certos privilégios, como por exemplo: telefone, televisão, música e usar o carro. (Mandá-lo para seu quarto não parece ser útil para os adolescentes, e o castigo físico pode se converter em uma ruptura séria da relação estabelecida entre os pais e o filho). Se seu filho adolescente quebrar alguma coisa, deverá consertar ou pagar para consertar ou repor. Se bagunçar ou sujar alguma coisa, deverá arrumar ou limpar o que sujar. Se seu filho adolescente não tem bom desempenho na escola, você pode restringir o tempo que pode assistir televisão. Você também pode limitar o seu privilégio de uso do telefone e de saídas à noite durante a semana. Se seu filho adolescente está fora de casa até muito tarde ou não avisa por telefone quanto vai demorar, você pode proibi-lo de sair por um dia ou um fim de semana. Em geral, a proibição de sair por mais tempo é considerada injusta e acaba sendo difícil de cumprir.

5- Faça com que a família participe da formulação das regras da casa

Algumas famílias acham útil ter uma breve reunião após o jantar, uma vez por semana. Nesta ocasião, seu filho adolescente pode pedir alterações nas regras da casa ou mencionar algumas questões familiares que estão causando problemas. Você também pode levantar algum assunto (tal como exigência de que seu filho adolescente não vá a muitos lugares de carro e a necessidade de que seu filho ajude a organizar, com os pais de um grupo de companheiros, o transporte coletivo por turno). Um pouco de unidade familiar funciona melhor se as decisões forem tomadas democraticamente. O objetivo da negociação deve ser que ambas as partes saiam ganhando. Deve haver um ambiente de “Ninguém tem culpa, mas temos um problema. Como podemos resolvê-lo?”.

6- Mantenha-se à distância quando seu filho adolescente está mau humorado

Em geral, quando seu filho adolescente está de mau humor, não vai querer conversar . Se os adolescentes querem falar sobre um problema com alguém, geralmente será com um amigo íntimo. Portanto, nestas ocasiões é conveniente deixá-lo tranqüilo e respeitar sua intimidade. Este é um mau momento para falar com seu filho adolescente sobre qualquer coisa, não importa se é algo agradável ou não.

7- Enfoque a falta de cortesia com expressões de desagrado leves

Os adolescentes usualmente falam com seus pais de forma descortês ou desrespeitosa. É importante que os adolescentes expressem sua ira verbalmente e que desafiem opiniões de forma lógica pois precisam ser escutados. Espere que seu adolescente apresente sua questão de maneira apaixonada, mesmo que não seja de forma razoável. Passe por cima das minúcias – são apenas palavras. Mas não aceite comentários desrespeitosos como chamar você de “estúpido”. Diferente das atitudes negativas, estas expressões não devem ser deixadas de lado. Você pode responder com um comentário do tipo “Realmente dói que me desrespeite ou que não responda à minha pergunta”. Diga isto o mais tranqüilamente possível.

Se seu filho adolescente continuar fazendo observações desagradáveis e raivosas, saia do quarto. Não se meta em uma competição de gritos com seu filho adolescente. O que está tentando ensinar a ele é que todo mundo tem direito a não estar de acordo, inclusive de expressar o seu desagrado, mas os gritos e conversa descortês não são permitidos na casa. Talvez você possa evitar o comportamento ofensivo dando um exemplo de cortesia, desacordo construtivo e capacidade de pedir desculpas.

outubro 5, 2007 at 10:47 am Deixe um comentário

O adolescente e a família

O adolescente é um ser em transição. Seu corpo passa por modificações externas e internas. O metabolismo trabalha intensamente com o funcionamento das glândulas gônodas nos meninos, e os ovários nas meninas. Em face do trabalho hormonal, o adolescente torna-se inquieto, há o desequilíbrio emocional. Se irrita com tudo, sente-se inseguro, precisa afirmar-se. Ele ainda não é adulto, mas, também, não é criança. Esta passagem o deixa nervoso. Muitas vezes não sabe como comportar-se diante de certas situações. Uma hora, brigam com ele dizendo que não é mais criança, outra, repelem-no porque não é ainda um homem e, nessa situação, vive em constante insegurança. O adolescente sente a necessidade de afirmação. Por essa instabilidade emocional, exagera nos seus atos, na maneira de falar (alguns criam até vocabulário próprio entre si e que só eles entendem), na maneira de vestir, é agressivo com os pais, com os irmãos, com os avós, mas, tudo isso deve ser encarado de modo natural e compreendido pelos que o cercam. É uma idade de incertezas de rumos, de definição dentro da sociedade em que vive. Ora é agressivo, ora é tímido, ora é brincalhão. Esta é uma fase transitória, passará logo se o adolescente encontrar apoio, paciência, diálogo, liberdade vigiada. É preciso que pais e professores participem ativamente com ele. Os educandários devem preocupar-se com a prática de esportes dentro de seus colégios. Nos esportes o adolescente pode extravasar emoções às vezes reprimidas, como xingar, gritar, pular, tudo dentro de um contexto salutar. Em casa, os pais devem tomar cuidado na maneira de tratar os seus filhos. Os adolescentes precisam ser compreendidos sem exageros, sem tirania. Meçam as palavras quando chamar a atenção de seus filhos. Lembrem-se de que uma ofensa machuca mais do que alguns tapas. Uma palavra ofensiva, dependendo do estado de espírito do adolescente o revoltará bastante. Todas às vezes que ele se lembrar dela, não verá os seus pais como amigos e sim inimigos dos quais ele quer se vingar. Começa aí o sofrimento das famílias que vêem seus filhos acompanhados de maus amigos, deixando-se influenciar por eles. Sentem o desprezo dos filhos que ficam surdos aos seus conselhos e se transportam inteiramente para aqueles que como eles são também carentes de compreensão, são também uns revoltados. E, como semelhante atrai semelhante, o que se pode esperar é a total infelicidade daqueles adolescentes, levados pelas más companhias para um mundo totalmente errado, o que poderia ter sido evitado, se seus pais tivessem o cuidado de orientá-los com amor, compreensão, dando-lhes uma liberdade vigiada, trazendo seus colegas para dentro de casa, sabendo mostrar-lhes o caminho certo da vida, sem ferir a sua frágil sensibilidade. É importantíssimo que os pais imponham limites aos filhos. Não se pode dizer sim, sempre. Eles não podem ter total liberdade de ação. Precisam dar satisfação aos pais, dizer para onde vão, com quem vão e reconhecer que nem sempre um não, é sinal de intolerância dos pais, e sim, demonstração de cuidado, carinho e amor. Outro fator muitíssimo importante é que os pais dêem aos adolescentes um clima de harmonia dentro do lar. As divergências entre o casal devem ser discutidas entre eles, dentro do maior respeito mútuo. Jamais um dos cônjuges deve manifestar, perante seus filhos, a permanência no lar, somente por causa deles. Isto tornaria um ambiente pesado que, certamente, seria logo captado pelos adolescentes. A família é o grande sustentáculo da sociedade. Todo o dia você deve querer estar casado com aquele homem, com aquela mulher. A cada dia o casamento deve ser renovado. As mágoas tratadas para serem curadas. É como uma plantinha no vaso, ela deve ser regada e cuidada todos os dias para crescer viçosa e enfeitar o ambiente em que está. Não há casamento perfeito, nem casamento seguro, se não cuidar dele todo dia, ele acaba. Se nada disso acontecer, o relacionamento desses adolescentes com o mundo exterior será sensivelmente prejudicado. Eles se tornarão rebeldes e procurarão nas más companhias uma forma de vingar-se da situação que os desola. Se o adolescente for tratado com atenção e carinho dentro de um lar harmonioso, logo superará a fase inquietante e se tornará um adulto responsável, cumpridor de suas obrigações, amável com sua família e com a coletividade. Certamente, procurará de forma racional, soluções para seus problemas e as encontrará sem a necessidade de ferir para se auto-afirmar.

outubro 5, 2007 at 8:31 am Deixe um comentário


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"Acredito nos jovens à procura de caminhos novos abrindo espaços largos na vida. Creio na superação das incertezas deste fim de século." (Cora Coralina)
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